Açúcar é vilão ou mocinho?

O açúcar, principalmente o refinado branco, faz parte da dieta da maioria das famílias e crianças no Brasil e no mundo. O problema é que a criançada está em perigo por causa dele. Esse alimento deliciosamente doce oferece perigos quando consumido exageradamente.
O excesso pode levar a sérios problemas de saúde como diabetes e obesidade, que eleva o colesterol e consequentemente deixa a criança vulnerável a problemas cardiovasculares. Apesar da série de pontos negativos, o consumo de açúcar é muito elevado e o número de crianças obesas no mundo também.
O maior problema é que muitos pais ainda não compreenderam a seriedade, usando aquelas justificativas de “é só um pouquinho”, “nem é tanto açúcar assim”. Mas agora pense: o hábito de consumir açúcar em excesso, praticado pela criança agora, tem grandes chances de se estender à vida adulta. Imagine dez a vinte anos de consumo de açúcar dessa forma? Isso é sério!
A recomendação de órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é que crianças menores de 2 anos não consumam açúcar. E de acordo com indicações da American Heart Association (EUA), entre os 2 e 18 anos o consumo diário deve ser de, no máximo, 25 gramas (6 colheres de chá).
Preferir alimentos e bebidas industrializados é algo cômodo, ainda mais no dia a dia corrido, mas sucos industrializados, refrigerantes, bolos e biscoitos são uma bomba de açúcar que precisa ser evitada pelas crianças.
Açúcar “saudável”
Apesar de o número de problemas que o consumo de açúcar pode trazer para os pequenos (e também para os adultos), ele também pode colaborar com a saúde.
Claro que se consumido com moderação.
O açúcar fornece glicose para o nosso corpo, que é um componente muito importante para o funcionamento do cérebro, retina e rins. A glicose também colabora para a proliferação de bactérias boas que compõem a flora intestinal e contribuem para a eliminação de bactérias que são nocivas para o organismo. Açúcar também é fonte de cálcio, ferro, vitamina B e fósforo.
Mas, como mudar o consumo de açúcar?
- Priorize o aleitamento materno exclusivo até os seis meses;
- Incentive uma alimentação variada e colorida de frutas, legumes e verduras;
- Estabeleça horários para as refeições. Alimentação regrada diminui aquela vontade de uma guloseima;
- Opte por refeições preparadas em casa (mas ainda fique de olho na quantidade de açúcar);
- Dê preferência por sucos naturais e água.
Fontes: Revista Crescer, Saúde Abril, Dráuzio Varella, Unimed